Acanhado, fiquei feliz com o casaco que me presenteou em nossa despedida; ainda mais por ele estar impregnado com o seu cheiro além da medida.

Quis preservar o seu cheiro no casaco e tomei extremo cuidado ao guardá-lo; então, o coloquei dentro de uma sacola e dei um nó, para preservá-lo.

Assim, desatava o nó para cheirar o casaco e poder te relembrar; o que me trazia boas sensações e ameniza o fato de ausente você estar.  

Mas, fui me inebriar numa certa noite e tive uma surpresa inimaginável; seu cheiro havia sumido, não sendo mais possível sentir seu aroma agradável.

Virei o casaco para todos os lados e nada de conseguir sua fragrância para me dopar; porém, tentei não me desesperar, mas preciso que impregne novamente o casaco, para senti-la quando desejar.

Preciso de doses do seu cheiro, pois, creio que nele me tornei viciado; e quero o máximo possível, para que eu sempre o possua guardado.